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Sindicatos da Altice marcam greve e admitem providência contra despedimentos

25 jun, 2021 - 14:27 • Sandra Afonso

Os sindicatos já fizeram chegar uma carta ao primeiro-ministro, António Costa, onde pedem a intervenção do Governo, porque dizem estar a ser usados numa questão política.

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Os sindicatos dos trabalhadores da Altice marcaram um dia de greve e admitem avançar com uma providência cautelar contra o processo de despedimento coletivo, apurou a Renascença.

São medidas de luta contra o inédito despedimento coletivo apresentado pela empresa, que irá abranger até 300 trabalhadores.

Os sindicatos já fizeram chegar uma carta ao primeiro-ministro, António Costa, onde pedem a intervenção do Governo, porque dizem estar a ser usados numa questão política.

Esta sexta-feira, aprovaram uma manifestação com dia de greve, para o dia 21 de julho, e podem não ficar por aqui, disse à Renascença Jorge Félix, presidente do Sindicato dos Trabalhadores das Empresas do Grupo Altice em Portugal (STPT).

“Em termos de ação, foi aprovada hoje uma concentração com um dia de greve, para o próximo dia 21 de julho, isto se até lá não tivermos qualquer resposta ou dado positivo do próprio senhor primeiro-ministro ou do Governo. Estamos a estudar com os advogados a possibilidade de ter uma providência cautelar que possa travar a possibilidade de qualquer avanço da empresa”, avança Jorge Félix.


Os sindicatos pedem uma reunião com o primeiro-ministro, com caráter de urgência, porque “a Altice responsabiliza o próprio Governo pela situação”.

“A Altice faz depender, de alguma maneira, o despedimento do envolvimento do Governo, entendemos que o Governo tem de ter uma palavra”, refere o presidente do STPT.

Os sindicatos da Altice reuniram esta semana, para analisar os argumentos apresentados pela empresa para avançar com o despedimento coletivo, depois de terem saído 1.100 trabalhadores por mútuo acordo.

Tal como a Renascença já tinha avançado, não aceitam as justificações apresentadas pela administração e dizem que estão a ser utilizados num braço de ferro, entre a empresa, o Governo e o regulador.

Este despedimento coletivo pode não ser suficiente, apurou a Renascença. A empresa anunciou na reunião que teve no início da semana com os sindicatos que ainda fica com 800 a 900 trabalhadores a mais, funcionários que considera dispensáveis.

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