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TAP: Governo "indignado" com vídeo sobre recrutamento em Madrid

15 jun, 2021 - 17:32 • Lusa

Dois trabalhadores com responsabilidades nos Recursos Humanos da TAP referem, num vídeo divulgado nas redes sociais, estar em Madrid a recrutar pessoal para a transportadora.

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O Ministério das Infraestruturas e da Habitação disse hoje estar "indignado" com o vídeo que circula com dois trabalhadores com responsabilidades nos Recursos Humanos da TAP, no qual referem estar em Madrid a recrutar pessoal para a transportadora.

Em resposta à agência Lusa, fonte oficial disse que o Ministério das Infraestruturas "está indignado com o vídeo que circula com dois trabalhadores da TAP com elevadas responsabilidades na companhia, sendo um deles o diretor de Recursos Humanos, e aguarda pelos resultados do processo de inquérito instaurado pela TAP".

Em causa está um vídeo publicado na página do Facebook João Falcato, trabalhador da TAP com responsabilidades na área dos recursos humanos da Manutenção & Engenharia da TAP, no qual surge acompanhado pelo diretor de recursos humanos da companhia aérea, Pedro Ramos, afirmando que se encontram em Madrid, Espanha, a recrutar pessoas para a TAP Madrid, para a área de carga.

Entretanto, o Conselho de Administração da TAP decidiu abrir um inquérito seguido dos procedimentos disciplinares aplicáveis aos dois responsáveis dos recursos humanos que aparecem no vídeo publicado nas redes sociais.

"Tendo tomado conhecimento de uma publicação nas redes sociais na qual intervêm, a título pessoal, dois trabalhadores da companhia, com responsabilidades na área dos recursos humanos e dado o momento que a TAP vive, em que a todos nós são pedidos sacrifícios, decidiu o conselho de administração abrir, de imediato, um processo de inquérito seguido dos procedimentos disciplinares aplicáveis a esta situação", disse fonte oficial da TAP em resposta à Lusa.

"Neste momento delicado da vida da companhia, o Conselho de Administração expressa a sua solidariedade para com todos os trabalhadores da TAP e apela ao bom senso e recato de todos", acrescentou a mesma fonte.

A TAP está a ser alvo de um processo de reestruturação, devido à situação financeira difícil causada pela pandemia, que implicou a redução do número de trabalhadores.

Bloco pede explicações

O Bloco de Esquerda (BE) exigiu um “esclarecimento cabal” ao Governo sobre o recrutamento, em Madrid, de novos trabalhadores para a TAP, enquanto decorre um processo de despedimento coletivo, considerando que, caso se confirme, “a situação é grave” e desrespeitadora.

Numa pergunta dirigida precisamente ao ministério liderado por Pedro Nuno Santos, o BE refere-se a esta situação e afirma que chegou ao grupo parlamentar “a informação que a TAP está a recrutar novos trabalhadores em Madrid”, o que, a confirmar-se, constituição uma “situação grave” e reveladora de “um enorme desrespeito aos trabalhadores da TAP”.

“Desde o início da crise pandémica foram despedidos cerca de 1300 trabalhadores com vínculos a prazo. Para além de estar a decorrer o processo de despedimento coletivo de mais 206 trabalhadores, enquanto várias centenas de trabalhadores foram empurrados para as ditas medidas temporárias. Perante isto, como explica o Governo, o principal acionista da TAP, que contrate em Madrid no mesmo momento em que despede em Lisboa”, critica, exigindo um “esclarecimento cabal da situação”.

Por estes motivos, o BE quer saber se o Governo tem conhecimento da situação e se “confirma que a TAP está a contratar novos trabalhadores em Madrid”.

“Se sim, quantos trabalhadores prevê a TAP contratar? Qual a justificação para a contratação de novos trabalhadores em Madrid ao mesmo tempo que a empresa despede trabalhadores em Lisboa?”, questiona ainda.

Os bloquistas pretendem ainda esclarecer “quais os motivos para a TAP não optar pela contratação dos trabalhadores em processo de despedimento coletivo” e “quais as condições contratuais e salariais oferecidas aos novos trabalhadores”.

“Está o Governo disponível para reavaliar a política de contratação de trabalhadores da TAP com vista à valorização dos trabalhadores nos quadros”, pergunta ainda.

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