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Inquérito ao Novo Banco. Luís Filipe Vieira ouvido na comissão parlamentar

10 mai, 2021 - 08:55

Dois relatórios de auditoria, que analisaram as exposições a grandes devedores, a Promovalor devia 304 e 487 milhões de euros, respetivamente, sendo a diferença atribuível ao perímetro de análise dos grupos.

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O presidente da Promovalor, Luís Filipe Vieira, é ouvido esta segunda-feira na comissão de inquérito ao Novo Banco, no âmbito das audições que os deputados estão a fazer aos grandes devedores do banco.

O também presidente do Benfica vai também à Assembleia da República (AR), pelas 15h00, depois de ter pedido um primeiro adiamento da audição devido à realização de uma consulta médica.

No dia 22 de abril, o presidente da Comissão Eventual de Inquérito Parlamentar às perdas registadas pelo Novo Banco e imputadas ao Fundo de Resolução, Fernando Negrão (PSD), revelou que Luís Filipe Vieira tinha pedido que "a audição fosse adiada para uma data posterior a uma consulta" que tinha marcada.

De acordo com dois relatórios de auditoria da PwC e da EY posteriores à resolução do BES que analisaram as exposições a grandes devedores, a Promovalor devia 304 e 487 milhões de euros, respetivamente, sendo a diferença atribuível ao perímetro de análise dos grupos.

No âmbito da comissão de inquérito, e relacionado com a dívida da Promovalor ao Novo Banco, já foi ouvido Nuno Gaioso Ribeiro, gestor da C2 Capital Partners, empresa que comprou créditos em dívida da empresa de Vieira ao Novo Banco.

Para a gestão da dívida da empresa do presidente do Benfica foi constituído um fundo denominado Fundo de Investimento Alternativo Especializado em novembro de 2017, tendo sido "adquiridos ao Novo Banco 133,9 milhões de euros de créditos" e também "reestruturados pelo Novo Banco (isto é, mantiveram-se no balanço do banco) financiamentos existentes de 85,8 milhões de euros, perfazendo a operação o montante total de 219,7 milhões de euros", segundo o gestor.

Nuno Gaioso Ribeiro, que coincidiu com Luís Filipe Vieira durante oito anos (2012 a 2020) na direção do Benfica e da Benfica SAD como vice-presidente e administrador, respetivamente, rejeitou a existência de um "canal de influência" no clube para reestruturar a dívida da Promovalor, empresa do presidente benfiquista.

"Quando o senhor deputado diz ou insinua que continua a haver e que existia um canal de influência, isso é absolutamente falso e insultuoso para a minha parte. O senhor deputado não pode imaginar que pessoas que integram a direção do Benfica, não remuneradamente, mantendo uma vida profissional" passam a "violar os seus deveres profissionais", respondeu Nuno Gaioso Ribeiro ao deputado do PS João Paulo Correia no dia 27 de abril.

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