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Ministro das Finanças nega "mega-cativações" e antecipa défice mais alto em 2021

26 mar, 2021 - 12:04 • Redação

João Leão adiantou que algumas famílias que tenham as moratórias negociadas com a Associação Portuguesa de Bancos, que terminam no fim do mês, podem passar para as moratórias públicas, que terminam em setembro.

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O ministro das Finanças nega que o Governo faça "mega-cativações" e antecipa um défice mais alto do que o previsto para este ano, fruto dos apoios às famílias e empresas.

João Leão falava aos jornalistas no dia em que o INE anunciou que o défice orçamental de 2020 ficou em 5,7% do produto interno bruto (PIB), ou seja, abaixo dos números previstos pelo Governo.

"A evolução das finanças públicas menos negativa do que o antecipado resultou de um melhor desempenho da economia e, em particular, da resiliência do mercado de trabalho", declarou o governante.

O ministro das Finanças rejeita que tenham sido aplicadas "mega-cativações" para travar o défice e contrapõe que os "apoios à economia em 2020 ficaram cerca de mil milhões acima do previsto do Orçamento e não abaixo".

Por outro lado, a despesa teve um "aumento histórico de 8%, com apoios massivos à economia, às famílias e reforço do SNS com 10 mil profissionais".

"Para este ano, os apoios a economia e emprego têm sido reforçados e a execução orçamental de fevereiro já espelha isso. Em março será ainda mais evidente a dimensão sem precedentes dos apoios às empresas e às famílias e isso é que vai obrigar a rever em alta as contas para este ano face ao que estava previsto. Vai levar a uma redução muito menor do défice orçamental que era esperado e a que o valor final do défice fique ligeiramente acima do que estava previsto", anunciou João Leão.

O Governo "está preparado para continuar a apoiar as empresas e as famílias enquanto a pandemia durar", garantiu o ministro.

Segundo João Leão, a economia tem agora condições para "ter uma forte recuperação depois da crise e podemos olhar para o futuro com mais esperança".

Em relação às moratórias que terminam no final deste mês de março, o responsável pela pasta das Finanças recorda que são as moratórias privadas dos bancos e que o Estado tem um regime que vigora até setembro deste ano.

Em resposta à Renascença, João Leão adiantou há casos em que as moratórias negociadas com a Associação Portuguesa de Bancos, que terminam no fim do mês, podem passar de forma automática para as moratórias públicas, que terminam em setembro. Contudo, ressalvou, esse mecanismo não se aplica em todos os casos.

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