Tempo
|

28,02%
77 Deputados
28%
78 Deputados
18,07%
50 Deputados
4,94%
8 Deputados
4,36%
5 Deputados
3,17%
4 Deputados
3,16%
4 Deputados
1,95%
1 Deputados
4,02%
3 Deputados
  • Freguesias apuradas: 3092 de 3092
  • Abstenção: 40,16%
  • Votos Nulos: 2,93%
  • Votos em Branco: 1,39%

Total esquerda: 91Mandatos
Pan: 1Mandatos
Total direita: 138Mandatos
A+ / A-

​Calçado português vale mais 28% a nível internacional

06 set, 2019 - 17:44 • Henrique Cunha

Prova cega realizada pela Católica na principal feira de calçado do mundo, em Itália, revela a valorização dos sapatos portugueses no mercado.

A+ / A-

O calçado português vale mais 28% a nível internacional. Uma prova cega realizada na principal feira de calçado do mundo, a MICAM Italiana, revela a valorização dos sapatos portugueses no mercado. O resultado foi apresentado esta sexta-feira pela Associação Portuguesa da Indústria do Calçado Componentes Artigos Pele Sucedâneos (APICCAPS).

A valorização da imagem do calçado português foi testada na principal feira do sector a nível mundial, a MICAM, na cidade italiana de Milão.

O estudo feito pela Católica Porto Business School Católica, em fevereiro, contou com a colaboração de 80 profissionais, na sua maioria retalhistas, grossitas e fabricantes de calçado.

Chamados a avaliar uma variedade significativa de calçado, enquanto metade dos inquiridos desconhecia a origem geográfica do sapato que estava a avaliar, a outra metade tinha conhecimento da sua origem.

Quando confrontados com a etiqueta “made in Portugal”, os participantes mostraram-se dispostos a pagar mais pelo calçado, em média cerca de 28%.

A investigadora da Universidade Católica, Susana Costa e Silva diz que “o mercado reconhece que Portugal faz bem calçado” e é conhecido “por saber produzir com qualidade e versatilidade”.

Desta forma e depois de nos anos 80 do século passado ter sido praticamente condenado à morte, o setor do calçado apresenta-se no final da segunda década do século XXI com uma imagem reforçada a nível internacional.

Fruto dessa nova perspetiva internacional, de acordo com Paulo Gonçalves, da APICCAPS, o sector reforçou em cerca de uma década a sua face exportadora, com mais 700 milhões de euros de negócios.

Paulo Gonçalves diz que o resultado reflete o investimento feito na imagem do “calçado mais sexy da Europa”, investimento esse que vai continuar.

No próximo ano, a APICCAPS “vai investir cerca de 17 milhões de euros em promoção comercial externa”, garante Paulo Gonçalves, ao mesmo tempo que revela que as empresas portuguesas “estarão presentes em cerca de 60 certames profissionais do mundo todo, de cerca de 15 países”.

Ao mesmo tempo a associação promete continuar “a desenvolver uma campanha de imagem que seja atrativa, que seja poderosa, que seja provocadora como indicia o slogan: a indústria mais sexy da Europa”. A par disso, a APICCAPS pretende criar condições para que sejam "reforçados os apoios diretos à promoção das marcas".

O secretário de Estado da Internacionalização presente na apresentação do estudo, realizado pela Católica, lembrou alguns dos próximos desafios do sector, desde logo o da sustentabilidade.

Eurico Brilhante Dias diz que a “industria do calçado sabe que os seus clientes vão valorizar cada vez mais produtos que tenham menos impacto ambiental”, por isso “ a aposta que se faz num calçado mais técnico, na utilização de outras fibras, na combinação do couro com outros elementos é um desafio tecnológico que o sector tem vindo a abraçar progressivamente”.

Fator de preocupação para os empresários é também o Brexit e as suas consequências. O Secretário de Estado, Eurico Brilhante Dias, reafirma que “quando se aproxima o dia 31 de outubro, a nova data fixada para a saída do Reino Unido da União Europeia, o Governo volta a sublinhar que cada empresa deve ter o seu próprio plano de contingência”.

Tópicos
Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

Destaques V+