O valor total em causa nem é muito alto, quando comparado com o bolo de quase de 40 mil milhões de euros das moratórias. Mas são 48 mil contratos que vão deixar algumas famílias sob grande pressão. Experiência diz que são os mais carenciados a recorrer a estes créditos.
Segundo Mário Centeno, do total de 294.700 devedores com moratória de crédito à habitação, 86 mil aderiram à moratória privada (criada no âmbito da Associação Portuguesa de Bancos), retomando a partir de abril o pagamento dos empréstimos.
Março é um ensaio a um problema maior que pode chegar em setembro, quando terminar a maioria das moratórias. Sem soluções alternativas, muitos devedores podem entrar em incumprimento e a atual crise arrisca chegar ao sistema financeiro.
Um alerta avançado à Renascença pelo CEO do portal Doutor Finanças e que já tinha sido repetido pela Coordenadora das Comissões de Trabalhadores do setor bancário. O portal especializado em finanças pessoais e familiares aconselha os devedores a negociar com os bancos e faz as contas ao custo desta ajuda.
Milhares de pessoas voltam a pagar aos bancos. A Renascença diz-lhe tudo o que precisa de saber sobre condições e prazos e avança ainda conselhos para quem tem o pagamento de empréstimos suspenso.
São cerca de 3,7 mil milhões de euros que deixam de estar debaixo da “bolha de oxigénio” concedida para enfrentar os momentos mais intensos da pandemia. Até setembro, terminam todas as moratórias.
Mais de 60 mil famílias estão em risco de perder a casa com o fim das moratórias do crédito à habitação, por exemplo, cujo prazo termina em 31 de março.