Este é o quarto mês consecutivo de quebra nas transações de bens de Portugal com os mercados externos, que já não recuavam desde os primeiros meses de 2021.
Em tempo de eleições gerais angolanas, o quinto escrutínio da história política do país, é possível fazer um balanço das relações económicas entre os dois países.
Peixes, frutas, gorduras e óleos foram os produtos agrícolas mais vendidos para fora. Portugal arrecadou 3.154 milhões de euros, mas pagou cerca de seis milhões por peixes, carnes e cereais.
A economia quer arrancar, mas o travão de mão continua acionado. Faltam matérias-primas em vários setores da indústria portuguesa e o preço de algumas aumentou de forma “abismal”. “Não é possível travar a globalização”, mas é preciso reduzir a dependência de outros mercados, defende Luís Miguel Ribeiro, presidente da Associação Empresarial de Portugal. Nos últimos meses, os principais fabricantes de automóveis nacionais foram obrigados a encerrar linhas de produção por falta de chips. “Ser-se competitivo no futuro será bem mais difícil do que ser competitivo nos últimos anos”, avisa José Souto, presidente da Associação de Fabricantes para a Indústria Automóvel.