Diretor da Unidade de Urgência e Medicina Intensiva do Hospital de São João, no Porto, não tem dúvidas quanto à existência de uma quarta vaga e diz ser preciso agir já para evitar mais internamentos.
“Estamos a experienciar, no Serviço de Urgência, o mesmo fenómeno que observámos na primeira e na segunda vagas que foram as mais significativas na região Norte”, disse o diretor da Unidade Autónoma de Gestão (UAG) de Urgência e Medicina Intensiva da unidade portuense.
Médico José Artur Paiva diz ser preciso travar a fundo e não avançar para a próxima fase de desconfinamento, porque a subida de casos, que neste momento é mais evidente na Grande Lisboa, vai acabar por alastrar a todo país.
A técnica cirúrgica "altamente complexa", conhecida como procedimento de Appleby, representa uma nova esperança para os doentes classificados como "inoperáveis".
Os riscos de contrair a doença são maiores do que as de desenvolver coágulos, diz Luciana Gonçalves, que considera que não faz sentido a União Europeia suspender a vacina para certos grupos etários.
Em entrevista à Renascença, José Artur Paiva sublinha a necessidade de manter o país confinado, pelo menos, dois meses e de o Governo, a que aponta o erro de tomar medidas tardiamente, programar um desconfinamento progressivo. O diretor de Medicina Intensiva do Hospital de São João garante que doentes graves e agudos, Covid-19 ou não Covid-19, têm o mesmo tratamento. Recuperar atraso no tratamento de patologias não urgentes é objetivo para cumprir, assim que a pandemia esteja controlada.
Esta quarta-feira, o São João recebeu 15 doentes infetados com o novo coronavírus provenientes do Hospital Amadora-Sintra. Presidente do Conselho de Administração, Fernando Araújo, garante que há capacidade para mais.
Em declarações aos jornalistas no dia da administração da segunda dose da vacina contra a Covid-19, o presidente do conselho de administração fala da importância de manter as medidas básicas de saúde em tempo de pandemia.