Nomeação de Hélder Rosalino suscitou polémica pela escolha do consultor ter optado por ser remunerado pelo seu vencimento de origem no Banco de Portugal, superior a 15 mil euros, e não de acordo com a tabela remuneratória única da Função Pública.
Consultor desiste do cargo no Governo após polémica com salário de 15 mil euros por mês. Executivo de Luís Montenegro deixa crítica implícita ao Banco de Portugal, que recusou suportar o ordenado.
João Paulo Batalha considera "um bocado estapafúrdio" tentar colocar a questão em termos criminais, já que isso "tem o efeito de travar a discussão política".
Neste Explicador Renascença, olhamos para a polémica em torno do primeiro secretário-geral do Governo. Hélder Rosalino deverá iniciar funções apenas na quinta-feira, mas o salário elevado já está a gerar controvérsia - e até vai ser alvo de debate no parlamento.
Antigo deputado e ex-dirigente do PSD considera que não deve ser o Banco de Portugal a suportar o salário de 15 mil euros do novo secretário-geral do Governo. "É uma instituição que requer independência e que por essa via não era uma boa solução".
Agendamento da discussão no Parlamento deverá ser feita na conferência de líderes de 7 de janeiro. Socialistas querem saber porque é que Governo alterou, em dezembro, um diploma que aprovou em junho.
O Banco de Portugal esclarece em comunicado que informou o Governo de que não será a instituição a pagar o vencimento do ex-administrador, agora nomeado pelo primeiro-ministro, Luís Montenegro, para o cargo de secretário-geral do Governo.