"Das duas uma, ou houve um erro no sentido em que as autoridades espanholas tomaram decisões sem estarem coordenadas com o Governo ou, então, o que aconteceu foi uma pressão diplomática que levou a este recuo", referiu Pedro Santos Guerreiro, a propósito do pedido de desculpas de Espanha, depois de, nas últimas horas, ter avançado com a exigência de teste Covid negativo ou certificado de vacinação completa a quem viajasse de Portugal.
"Felizmente, isto durou muito poucas horas, porque há poucas razões sanitárias que o justifiquem neste momento. Aliás, Espanha tem uma situação epidemiológica pior do que a de Portugal", acrescentou.
Noutro plano, o apoio do Conselho de Segurança à continuidade de António Guterres como secretário-geral da ONU "é o reconhecimento das competências diplomáticas e humanísticas" do antigo primeiro-ministro.
Madrid diz que vai proceder à revisão de "todo o documento" que obriga a viajar com certificado de vacinação ou teste negativo entre Portugal e Espanha.
Presidente diz acompanhar a posição do Executivo, que admite aplicar o princípio da reciprocidade da medida adotada agora por Madrid. "É muito estranho que isso tenha ocorrido sem uma palavra ao Governo português."
Os executivos dos dois países estão em contacto “permanente” para “esclarecer” o alcance da medida e o impacto real no que é o quotidiano entre os dois países.
Medida entrou em vigor esta segunda-feira e aplica-se a "todas as pessoas com mais de seis anos que cruzem a fronteira terrestre". Manuel Batista, autarca de Melgaço, diz que é "um absurdo" e questiona a validade científica da medida.
O ministro dos Transportes britânico, Grant Shapps, confirmou esta quinta-feira à tarde que Portugal vai sair da “lista verde” de viagens internacionais do Governo britânico.
No Porto, as atenções estão viradas essencialmente para a final da Liga dos Campeões, a 29 de maio, que vai levar à cidade 12 mil adeptos ingleses. Até ao final de maio, são esperados 640 voos com origem nas ilhas britânicas.
Há uma lista de países donde só serão aceites “viagens essenciais”, sujeitas ainda assim a quarentena e exigência de teste 72 horas. E há também regras para as entradas no país via terrestre ou fluvial.