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Tomada de posse

Carlos Moedas promete "gerar consensos" numa Lisboa "que cuida de quem precisa"

18 out, 2021 - 19:06 • João Malheiro

No discurso de tomada de posse como presidente da Câmara de Lisboa, Moedas prometeu "reduzir tempos, reduzir preços e reduzir emissões" para melhorar a mobilidade da cidade. O sucessor de Medina prometeu ainda acabar com a "política de fricção" e gerar consensos.

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Carlos Moedas tomou posse enquanto presidente da Câmara Municipal de Lisboa, numa cerimónia realizada esta segunda-feira.

No seu discurso, apontou como "primeira obrigação ajudar os Lisboetas. os comerciantes locais, as empresas" a recuperar dos impactos da pandemia na economia.

Para isso, destacou o programa "Recuperar+" e as propostas da sua candidatura de redução de impostos, que "darão maior liquidez às famílias".

"Vejo a redução de impostos municipais como progressiva e regular até criar uma linha constante: Lisboa cidade fiscalmente amigável", prometeu.

Carlos Moedas deixou ainda claro que quer uma cidade "que cuida de quem precisa".

"Temos que promover o crescimento. Mas ao mesmo tempo, temos que assegurar que nenhuma família fica para trás", defendeu.

"É também por isso que teremos várias iniciativas para apoiar as pessoas em situação de sem-abrigo. É por isso que vamos reforçar a rede de cuidadores informais. É por isso que vamos apoiar as doenças crónicas e irreversíveis", acrescentou.

O presidente da Câmara empossado disse que vai avançar com "um plano de acesso à saúde para os lisboetas com mais de 65 anos, que são carenciados e que, hoje, em muitos casos, não têm médico de família".

"Reduzir tempos, reduzir preços, reduzir emissões"

Carlos Moedas destacou ainda as políticas de habitação, pois é "preciso fazer mais e melhor".

"Houve nos últimos anos demasiada incerteza nestas áreas. O meu dever é auditar para melhorar e é isso que farei", prometeu.

"Temos que acelerar a reconversão urgente do muito património municipal devoluto. Temos que reconverter para habitar. Temos que ajudar os jovens na compra da sua primeira casa", apontou também.

A mobilidade foi outro ponto relevante no discurso de Moedas.

O presidente empossado disse ser essencial "reduzir tempos, reduzir preços, reduzir emissões".

"Temos que melhorar os serviços, diminuir os tempos de espera", acrescentou.

E voltou a mencionar a sua intenção de "tornar os transportes gratuitos para os mais novos e para os mais idosos".

A redução de emissões é uma forma de ocmbater os "sinais preocupantes" que a Natureza tem enviado.

No entanto, Carlos Moedas considerou que "uma cidade verde e sustentável faz com as pessoas, não impondo a transição".

"É preciso informar, conversar, convencer e partilhar", apelou.

Por isso, assumiu no decorrer do discurso a sua intenção de assumir o pelouro da transição energética e alterações climáticas.

"Acabar com a política de fricção"

Carlos Moedas quer ver a Cultura da cidade "de forma integrada".

"O nosso projeto cultural será abrangente, sem tribos nem fações", prometeu.

E o presidente cessante também não quer fações na política.

"Precisamos de uma vez por todas acabar com a política de fricção", declarou.

"Enquanto Presidente de Câmara trabalharei de forma incansável para gerar consensos. Não contrariarei princípios fundamentais do nosso programa, pois tal seria defraudar a confiança que depositaram em nós. Posso e sei fazer compromissos onde todos cedem um pouco para o bem geral", afirmou ainda.

Carlos Moedas disse ainda estar confiante na cooperação entre o município e o Governo de António Costa.

"No respeito das competências e diferenças próprias, estou certo que conseguiremos colaborar em prol de Lisboa e de Portugal", apontou.

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