Covid-19. Boletim 18 março

Coronavírus volta a matar no dia em que Marcelo decreta emergência. Itália tem quase tantas mortes quanto a China

19 mar, 2020 - 00:00 • Tiago Palma

António Vieira Monteiro, presidente do Conselho de Administração do Santander Totta, morreu hoje em Lisboa. Apesar de mais uma perda, DGS destaca que a maioria dos 642 infetados pelo novo coronavírus está em casa. Lá fora, a Organização Mundial de Saúde diz que a Covid-19 é “inimiga da Humanidade”. E para a derrotar, sobretudo na Europa, a China vai enviar-nos, europeus, dois milhões de máscaras cirúrgicas e 50 mil testes de diagnóstico.

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PORTUGAL

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  • Mas houve também uma polémica a marcar o dia. Uma polémica que não terá passado disso mesmo. De manhã, vários portugueses a residir em Macau denunciaram que as remessas solidárias de máscaras que enviaram para Portugal esbarraram na alfândega portuguesa. Não tardaria a que a Autoridade Tributária e Aduaneira desmentisse a situação, garantindo que “as máscaras que têm chegado têm sido rapidamente desalfandegadas”.

MUNDO

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  • Itália é o novo epicentro da pandemia de Covid-19. E o número de mortes e de infetados tarde em abrandar. Aliás, sobe mais e mais a cada dia que passa. Só hoje o país registou 475 mortes (e 4.207 novos casos), o pior balanço registado num único país e num único dia. Ao todo, 2.978 pessoas já morreram devido a esta doença (um balanço muito próximo, por exemplo, do registado na China) e há 31.506 casos de infeção. O novo coronavírus já infetou 194 mil pessoas em 150 países e territórios desde dezembro, estando agora o número de mortes em 7.873.
  • No Reino Unido, as medidas de controlo da pandemia tardaram. Talvez demasiado. Os resultados, esses, começaram agora a fazer-se sentir: hoje, o número de mortes causadas pela pandemia de Covid-19 ultrapassou a centena e há 2.626 casos positivos de infeção. Em reação, o executivo de Boris Johnson (o primeiro-ministro britânico também não descartou novas e “importantes” medidas, sobretudo para fazer cumprir o distanciamento social, para breve) mandou encerrar todas as escolas a partir de sexta-feira.
  • A Eurovisão, que iria decorrer em maio, em Roterdão, nos Países Baixos, foi cancelada. A organização, a cargo da União Europeia de Radiodifusão, refere que, ao longo das últimas semanas, foram “exploradas várias opções alternativas que permitissem que o concurso fosse por diante”, mas a “incerteza gerada pela transmissão da doença Covid-19 pela Europa – e as restrições postas em prática pelos governos dos participantes e pelas autoridades holandesas – fez com que fosse tomada a difícil decisão de que é impossível continuar com o evento ao vivo como planeado”.
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