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Três gráficos e um indicador para entender a evolução do coronavírus

03 fev, 2020 - 16:56 • Joana Gonçalves

O novo coronavírus, que já chegou a mais de 70 países em quatro continentes, tem uma taxa de mortalidade a rondar os 3% e uma capacidade de contágio superior à de uma gripe.

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Em menos de dois meses, o número de casos confirmados do novo coronavírus já ultrapassa os 17 mil e o número de mortes chegou aos 362. O surto, que teve origem em Wuhan, capital da província chinesa de Hubei, já chegou a mais de 70 países, incluindo Estados Unidos, Austrália, Alemanha e Espanha.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou, na quinta-feira, uma situação de emergência de saúde pública internacional (PHEIC, na sigla inglesa) e diversas companhias aéreas suspenderam as ligações com a China, com mais de 10 mil voos cancelados desde o final de dezembro.

Esta segunda-feira registou-se o maior aumento de mortes no espaço de um dia desde o início do surto, com o vírus a somar uma taxa de mortalidade de 3%.

Em entrevista à Renascença, Raquel Guiomar, responsável do Laboratório Nacional de Referência do Vírus da Gripe e outros Vírus Respiratórios, explica que este novo agente “não é o agente de uma gripe, mas sim a causa de uma infeção respiratória que tem alguns sintomas semelhantes à doença respiratória, que é causada pelo vírus da gripe”.

“Pensa-se que o animal transmissor deste vírus ao homem é o camelo dromedário e, nos casos que foram registados de infeção respiratória associada ao coronavírus do Médio Oriente [MERS], a taxa de mortalidade era de 30%. Comparativamente, este novo coronavírus que foi detetado em 2019, na China, tem valores abaixo daquilo que se observou em 2012”, esclarece.


R0, o indicador de transmissibilidade a que devemos estar atentos

Apesar de a taxa de mortalidade ser inferior à de outras patologias, a capacidade de contágio do novo coronavírus excede a de outros agentes, como a gripe ou mesmo o coronavírus do Médio Oriente -- fator que explica também o elevado número de mortes registadas nos últimos dois meses.

“O coronavírus do Médio Oriente, que surgiu em 2012, esteve associado a surtos muito limitados. Não teve a transmissibilidade que se está a observar agora nesta epidemia. Neste aspeto é completamente diferente do novo coronavírus”, adianta a virologista do Instituto Ricardo Jorge.

O R0, chamado taxa de ataque, corresponde ao número de novos casos gerados a partir de um único confirmado. Quanto maior a taxa de ataque mais difícil se torna o controlo da epidemia. A 23 de fevereiro, a OMS calculou um R0 de 1.4 a 2.5 para o coronavírus.

Na prática, a leitura deste valor permite-nos concluir que, em média, uma pessoa infetada com o coronavírus pode transmiti-lo a outras duas, que por sua vez o transmitirão a quatro e assim sucessivamente. Feitas as contas, no décimo ciclo de contágio seria de esperar um total de 1.023 casos confirmados.

O valor estimado pela OMS torna o coronavírus menos contagioso que outras patologias, como o sarampo, que tem um R0 que pode chegar a 18, pólio ou papeira, ambos com uma taxa de ataque média próxima de 6, e até a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS), com um valor estabelecido entre 2 e 5.

Porém, quando comparada com o vírus da gripe, "a transmissibilidade deste novo coronavírus é um pouco mais elevada", explica Raquel Guiomar. "A probabilidade de um caso gerar novos casos parece ser, nesta situação de epidemia, mais elevada. Os números ainda não estabilizaram e estão a crescer todos os dias."

Para ficar a par da evolução do vírus à escala mundial, navegue no mapa abaixo, atualizado hora a hora.

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  • etelvins.lopes
    13 fev, 2020 Cabo Vetde 14:24
    Muito bem descrito a epidemia(pandemia)

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