Em entrevista à agência Lusa, o presidente da CEP diz que a Igreja se "anichou dentro do regime” porque “era sobrevivente de toda a confusão política" do século XIX e da República, tempos "muito violentos” para a instituição. O regime parecia ser uma espécie de "refúgio", o que se revelou um "mal-entendido".
D. José Ornelas apela à “participação ativa de todos” no caminho sinodal em curso, e destina renúncia quaresmal à Cáritas diocesana e à Igreja da Palestina.
D. José Ornelas alerta que "o drama dos abusos sexuais de crianças é transversal aos diversos setores da sociedade" e que a Igreja quer dar "contributo e ser parte ativa na erradicação destas trágicas situações".
Para além da situação política e social do país, a mensagem de Ano Novo da Conferência Episcopal Portuguesa lembra também a situação internacional e a necessidade de se “rezar e sonhar a paz”.
Com a aproximação da celebração do Natal, o presidente da CEP diz que “o grito de esperança” transmitido neste tempo “é, antes de mais, de revolta justa perante aquilo que se passa”. “Temos de construir algo diferente”, pede o também bispo de Leiria-Fátima.
O bispo de Leiria-Fátima garante também que, até ao momento, não foi ouvido pelo Ministério Público no âmbito dos inquéritos relacionados com abusos de menores na Igreja
O bispo de Leiria-Fátima defende que neste Natal, “é a nossa vez de nos levantar, de acender a luz da esperança possível, de vencer os desertos da incredulidade e da comodidade, de participar ativamente na construção de um mundo, mais humano, mais justo e em paz, mesmo a custo das distâncias a percorrer, das dificuldades e medos a vencer, das manipulações e derrotismos a superar”.
Bispo de Leiria-Fátima considera que “nenhuma criança deve ser discriminada pelas suas opções sexuais”, mas é preciso ouvir os pais e a comunidade científica e médica.
Numa conferência de imprensa em que divulgou a sua mensagem de Natal, o bispo de Leiria-Fátima defendeu que mais vale votar em branco do que não ir votar.