A mensagem do arcebispo primaz surge na ocasião em que se regista um agravamento da situação pandémica em Braga. O concelho é um dos quatro que não avança para nova fase de desconfinamento.
D. Jorge Ortiga é arcebispo de Braga desde 1999, pelo que soma mais de duas décadas em funções. De episcopado são mais de 30 anos: é o bispo há mais tempo em funções na Igreja portuguesa. Pediu a resignação e está "sereno", mas "com pressa" de sair. Ainda não pensou no que fará depois de ser substituído.
A pandemia e as suas lições - a visão da Igreja portuguesa
Bispo há quase 33 anos, D. Jorge Ortiga tomou posse dos destinos da arquidiocese de Braga a 18 de julho de 1999. Nesta entrevista, revela que nas mais de duas décadas como Primaz de Braga nunca encontrou situações de “pobreza envergonhada” como as que agora lhe entram pelo gabinete.
Arcebispo primaz de Braga defende que não se pode "negligenciar a responsabilidade pessoal perante esta pandemia” e augura que “a vacinação chegue a todos os portugueses e a todos os homens e mulheres do mundo inteiro, sem esquecer os países com maiores necessidades económicas”.
Autarcas, sacerdotes e bispos associaram-se à homenagem no dia em que se completam 16 anos da ordenação episcopal do antigo bispo do Porto. “Uma figura de relevo da Igreja” que continua a dizer muito à sociedade.
Ciclo de conferências, organizado pela Arquidiocese de Braga, “não é um mundo restrito, fechado no catolicismo, mas aberto”, numa lógica de “cultura do encontro”, defende D. Jorge Ortiga.
D. Jorge Ortiga não esquece a necessidade de se preservar a patente da vacina e o pagamento dos seus direitos, mas considera que é preciso fazer chegar o fármaco a todos os países e não só aos mais ricos.
Contributo quaresmal da arquidiocese é destinado ao Fundo Partilhar com Esperança e às necessidades básicas da comunidade de Santa Cecília de Ocua, na Diocese de Pemba, em Moçambique.