Segundo o estudo "O que nos dizem os Censos 2021 sobre dinâmicas territoriais", esta quarta-feira apresentado no Instituto Nacional de Estatística (INE), os portugueses são menos, vivem mais no litoral e usam cada vez mais o carro em relação aos transportes públicos nas deslocações de casa para o trabalho.
Por cada 100 homens incapacitados, os Censos de 2021 registaram 164 mulheres na mesma condição. Em média, pessoas do sexo feminino têm menos três "anos saudáveis" do que indivíduos do sexo masculino.
A escolha do autocarro, comboio e metro como principal meio de transporte caiu nos últimos dez anos. Há mais pessoas a irem de bicicleta para o trabalho a pé, mas menos a irem a pé. Em Lisboa, demora-se em média 25 minutos para chegar ao emprego.
Quase metade das pessoas da Área Metropolitana de Lisboa estão solteiras e o Algarve é a região com mais divórcios. Há mais homens solteiros e mais mulheres viúvas e divorciadas.
O concelho que perdeu mais habitantes foi Sever do Vouga. No extremo oposto está a capital de distrito, que teve um crescimento de residentes na ordem dos 3,19%.
Ainda que continuem a representar mais de 80% da população, há menos católicos do que há 10 anos. "Uma erosão" que o investigador da Universidade Católica Alfredo Teixeira explica enquadrar-se no "percurso de pluralização da sociedade".
A abril de 2021 viviam no país 10.343.066 pessoas, o que mostra que o fenómeno de envelhecimento da população se está a agravar. Ao mesmo tempo, a população estrangeira residente em Portugal cresceu 37%.
No distrito da Guarda, o segundo distrito do país com mais idosos a viverem sozinhos ou isolados, a percentagem de mulheres nessa condição é superior, indicam os resultados da Operação “Censos Sénior 2022”. Dos 5.243 casos sinalizados, 3.100 são mulheres. A reportagem da Renascença foi conhecer um lugar com apenas três habitantes.
Inquérito surge depois de o INE não ter incluído nos Censos 2021 uma pergunta sobre a origem étnico-racial dos cidadãos, como pretendia a maioria dos membros do grupo de trabalho criado em 2019 pelo Governo.
Censos 2021 conclui que 40% da população gasta mais de 650 euros, por mês, na renda de casa e, para 21% das famílias, a renda é superior a 1.000 euros.