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Governadora de Tóquio não equaciona novo adiamento dos Jogos Olímpicos

15 dez, 2020 - 09:35 • Lusa

Yuriko Koike respondeu à crescente oposição à realização dos Jogos devido ao aumento de casos no país. "O público japonês e os residentes de Tóquio estão focados na situação atual e nós estamos voltados para o futuro", disse.

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A governadora de Tóquio não vê "qualquer cenário" suscetível de levar à anulação dos Jogos Olímpicos, adiados para o verão de 2021 devido à pandemia da covid-19.

Yuriko Koike reconheceu que uma maioria do público japonês continua a opor-se à realização em 2021 dos Jogos Olímpicos de Tóquio, devido a um aumento dos casos de covid-19, mas disse estar convencida que estas preocupações podem ser ultrapassadas.

"O público japonês e os residentes de Tóquio estão focados na situação atual", declarou Koike. "Nós estamos voltados para o futuro", acrescentou.

A responsável advertiu que o futuro de Tóquio2020, inicialmente marcado para o verão deste ano, terá um impacto nos futuros eventos olímpicos, como os Jogos de inverno de 2022 em Pequim e os Jogos de verão de 2024 em Paris.

Os Jogos Olímpicos de Tóquio foram os primeiros da história a serem adiados em tempo de paz e um novo adiamento foi já excluído pelos organizadores e responsáveis japoneses.

Uma sondagem divulgada pela cadeia de televisão pública nipónica NHK mostra que apenas 27% dos japoneses apoiaram a realização dos Jogos Olímpicos no próximo verão, sendo 32% favoráveis à anulação e 31% a um novo adiamento.

Outras sondagens de opinião confirmaram as reticências do público japonês. Na segunda-feira, a agência de notícias Jiji difundiu uma sondagem, na qual 21% dos entrevistados defenderam uma anulação e cerca de 30% um novo adiamento.

Numa sondagem idêntica, publicada em 6 de dezembro pela agência de notícias japonesa Kyodo, 61,2% opuseram-se à realização de Tóquio2020 no próximo ano.

O recente lançamento de campanhas de vacinação em diferentes regiões do mundo veio reforçar a confiança dos organizadores na possibilidade de realizar os Jogos Olímpicos, mesmo se a inoculação não for obrigatória para atletas ou espetadores.

No entanto e ao mesmo tempo que as primeiras vacinas começam a ser distribuídas, novas vagas de infeções estão a surgir em vários países, incluindo no Japão, onde o balanço é relativamente baixo, com menos de 2.600 mortos desde o início da pandemia, de acordo com dados oficiais.

No início de dezembro, os organizadores anunciaram que os Jogos Olímpicos iam custar 2,1 mil milhões de euros mais do que inicialmente previsto, o que elevou o orçamento total provisório para cerca de 13 mil milhões de euros.

Os Jogos Olímpicos vão decorrer entre 23 de julho e 8 de agosto e os Paralímpicos entre 24 de agosto e 5 de setembro.

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