05 ago, 2024 - 15:00 • Hugo Tavares da Silva
Depois de Humberto Coelho, João Alves, Hélder Baptista, Hugo Leal, Agostinho, Filipe Teixeira, Pauleta, Hélder Cristóvão e de tantos outros, já bem dentro do século XXI… João Neves.
O futebolista de 19 anos, nas escolinhas do Benfica desde 2016, assinou pelo PSG, um clube onde jogam outros portugueses como Nuno Mendes, Danilo Pereira, Vitinha e Gonçalo Ramos.
Esta madrugada o clube português já havia admitido, num comunicado à CMVM, que o negócio estava praticamente fechado. A presença de Renato Sanches no Algarve, antes de ser apresentado, já anunciava este desfecho.
O acordo entre lisboetas e parisienses rondará os 60 milhões mais 10 milhões em bónus (e o empréstimo de Sanches). O Benfica perde assim um menino que muito agradava aos adeptos.
João Neves esteve no Euro 2024 e já atuou nove vezes pela seleção portuguesa. O selecionador português, Roberto Martínez, chegou a dizer que ele nasceu para jogar na seleção.
O centrocampista foi uma figura importante no título do Benfica em 2022/23 e deu peso ao protagonismo na época que passou, embora a equipa tenha perdido a qualidade e o andamento que tinha apresentado no ano do título.
Em declarações à BTV, o canal oficial do Benfica, João Neves explicou o processo de saída: ""Foi muito difícil, porque se eu quisesse mesmo ir embora, e se o Benfica quisesse mesmo que eu fosse embora, já tínhamos resolvido isto há muito tempo. Tentámos até ao máximo e chegámos a um consenso. Achámos o melhor das duas partes, em termos financeiros é bom para o clube e é bom para mim."
"Nunca, nem eu, nem a minha família ligou a quem quer que seja para forçar a minha saída, ou qualquer outro tipo de assunto relacionado com o João Neves querer sair. Nem o Benfica quis que eu saísse. Falei algumas vezes com o presidente, tínhamos sempre a mesma opinião. Nas reuniões que eu tive com ele, estava muito emotivo. Quando acordámos o momento para eu sair, o presidente meio que mostrou uma lagrimazinha, e eu também, chorámos um bocado os dois. Não há nada acima do Clube, nem eu estou acima do Clube", prosseguiu.
O médio despede-se com 75 jogos feitos pela equipa principal e deixou um agradecimento a Roger Schmidt pela confiança, recordando o momento de chamada à equipa principal.
"Foi ele que me deu a oportunidade, foi ele que acreditou em mim, se calhar quando eu também não acreditava que estava preparado para fazer o meu primeiro jogo a titular contra o Estoril. Eu tenho uma dívida muito grande, porque foi ele que me pôs nesta situação. Nunca me esquecerei do míster Roger Schmidt", concluiu.