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Alto, loiro e... goleador. Molvadgaard aponta a 15 golos no Penafiel

09 ago, 2022 - 14:30 • Sílvio Vieira

Ponta de lança, dinamarquês, 23 anos, Marcus Molvadgaard chega ao futebol português, depois de ter feito 10 golos e 15 assistências no Kosice, da Eslováquia. Espera ajudar o Penafiel a regressar à I Liga e assume este como um "passo em frente" numa carreira que chegou a estar suspensa durante um ano e meio. O novo nórdico do futebol nacional apresenta-se, em entrevista à Renascença.

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Marcus Molvadgaard é um dos nomes mais exóticos da II Liga e, por maioria de razão, do Penafiel, clube pelo qual assinou por três temporadas. O dinamarquês é o primeiro jogador não lusófono a integrar o plantel dos durienses, desde a época 2017/18.

Ponta de lança, 23 anos, estava a jogar na segunda divisão da Eslováquia, no Kosice, e explica, em entrevista à Renascença, que foram os seus números que serviram de altifalante para que a oportunidade de experimentar o futebol português surgisse.

Molvadgaard marcou 10 golos e fez 15 assistências na temporada passada. "A ProEleven [empresa portuguesa de agenciamento de jogadores e treinador] contactou os meus agentes, depois de eles verem as minhas estatísticas na Eslováquia. Penso que foi assm que nasceu o interesse. Tive uma boa época na Eslováquia e tive a oportunidade de vir para o Penafiel, o que me pareceu muito bom, depois de ver o nível do futebol da II Liga", conta.

O avançado, internacional sub-18 pela Dinamarca, formado no Randers e também já com uma passagem pelo futebol da Noruega, olha para esta como "um passo em frente na carreira" e revela que foi uma opção pensada, entre outras hipóteses que tinha em cima da mesa.

"Tive possibilidades para ir primeiras ligas de outros países, mas esta foi a melhor opção para mim, neste momento. Não são três passos em frente, mas é um bom passo em frente na minha carreira", avalia.

Os primeiros tempos em Penafiel estão a ser a prova de que tomou a melhor decisão e a adaptação não podia estar a correr melhor: "Tem sido muito bom. As pessoas portuguesas são muito simpáticas. Há uma grande diferença para a Eslováquia. Lá nã falei com ninguem durante um mês. Aqui toda a gente me pergunta todos os dias se está tudo bem".

A conversa com Bola Branca foi em inglês, mas Molvadgaard, com contrato de longa duração com o Penafiel, está a aprender português e dentro de seis meses espera dominar a língua. Uma meta ambiciosa, como outras que coloca para esta experiência.

Alto, loiro e, garante, nada tosco. Molvadgaard aponta à marca dos 15 golos

Depois dos 10 golos que marcou na temporada passada, no Kosice, o ponta de lança tem consciência de que a II Liga portuguesa "é um campeonato mais difícil". "Será mais complicado marcar", admite, mas sem perder a confiança.

"Gostava de marcar 20 ou mais golos [sorri]. Temos uma boa equipa e como vimos pelo jogo com o Leixões [1.ª jornada da II Liga] que conseguimos criar muitas situações. Portanto, temos é de estar lá e ter um pouco de sorte para os golos aparecerem", afirma.

Ao contrário de muitos jogadores, que escondem o plano para a época, o nórdico não receia a exposição e revala que a sua meta é chegar aos 15 golos. Ainda não se estreou pelo Penafiel - ficou no banco no jogo com o Leixões -, e, além da ambição que já demonstra, apresenta-se aos adeptos como um homem golo que também sabe ceder o palco aos outros.

"Sou um 9 clássico, de área, tenho 1.90m, mas tendo em conta o meu tamanho tenho boa técnica. Fiz 15 assistências, além dos 10 golos, na época passada. Talvez não seja um ponta de lança típico, que só quer marcar golos, também procuro os meus companheiros para fazer assistências. E sempre que vejo um colega melhor colocado, passo-lhe a bola", refere.

Subir com o Penafiel, depois de ter estado no fundo do poço

Por agora, Molvadgaard preocupa-se também em conhecer melhor o campeonato e na ronda inaugural da II Liga, conta nesta entrevista à Renascença, assistiu a vários jogos, para ter uma noção mais aproximada da qualidade dos adversários.

Pelo que já viu, o dinamarquês acredita que o Penafiel "pode competir com todos" e, apesar de saber que se trata de uma competição "muito forte, manifesta "ambição de subir" à I Liga".

Seria mais um objetivo atingido numa carreira que esteve suspensa durante um ano e meio, e em risco de terminar precocemente. Depois de duas épocas no Randers, na primeira liga dinamarquesa, Molvadgaard foi cedido ao Hvidrove, do segundo escalão, e em 2020 emigrou para a Noruega, para jogar no Stromsgodset, da liga principal.

O avançado revela que sempre teve "o plano de jogar fora da Dinamarca", mas a primeira experiência, ao contrário do que aconteceu depois, na Eslováquia, foi muito negativa.

"Antes da Eslováquia, parei de jogar durante um ano e meio, depois de jogar na Noruega, onde tive uma péssima experiência. Forçaram-me a jogar durante sete meses com um tornozelo partido. Parei de jogar, perdi a vontade. Surgiu a oportunidade de ir para a Eslováquia, arrisquei e logo no primeiro jogo fiz três golos e fiquei um ano. Assim voltei a ganhar motivação", conta.

Internacional pelas seleções jovens da Dinamarca, que representou até aos sub-19, Molvadgaard não esconde que sonha em jogar pela seleção principal. Todavia, explica, agora está apenas ficado em "tentar ajudar o Penafiel a subir à I Liga".

Marcus Molvadgaard, de 23 anos, é um dos 13 reforços da equipa treinada por Filipe Rocha. No arranque da II Liga, o Penafiel, 7.º classificado da temporada passada, empatou com o Leixões a zero, no Municipal 25 de abril.

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