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Entrevista Bola Branca

Regresso à seleção e ao Sporting. Os objetivos por cumprir de Domingos Duarte

27 out, 2023 - 12:55 • Pedro Castro Alves

Defesa do Getafe aponta ao regresso à equipa das quinas e não se deixa desmotivar pelo grupo fechado de Roberto Martinez. Regresso a Portugal “já foi falado” e permanece como alvo.

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Domingos Duarte quer regressar à seleção e ao Sporting. Em entrevista a Bola Branca, o internacional português do Getafe traça os objetivos para uma carreira que ainda tem muitos anos pela frente: um a curto prazo, outro no médio ou longo.

Presença habitual nas convocatórias de Fernando Santos, Domingos tem ficado de fora das opções de Roberto Martinez.

O defesa de 28 anos compreende as escolhas do treinador espanhol, mas sublinha que quer “voltar à seleção e ser uma opção viável para o novo selecionador”.

Domingos Duarte deixou o Sporting em 2019 sem se estrear pela equipa principal. “Um sonho de miúdo” que ficou por cumprir, mas que ainda não esqueceu. Está “orgulhoso” do percurso realizado, mas longe de estar “saciado” com o que conquistou e regressar a Portugal é algo que vê com bons olhos no futuro.

Esperança de uma conquista no Euro 2024, aprendizagens com Pepe na seleção e o desejo de trabalhar com Rúben Amorim são outros temas abordados pelo internacional português Domingos Duarte nesta entrevista à Renascença.

Está na segunda época no Getafe, que está a fazer um bom início de época, no 11º lugar à jornada 10. Pessoalmente, como está a ser a temporada?

Está a correr bem. Temos feito um começo melhor do que no ano passado e estamos focados no objetivo principal, que é a manutenção. Se o conseguirmos antes do esperado, aí olhamos para outros objetivos. A mim, pessoalmente, também me está a correr bem.

Aos 28 anos, está no auge da carreira. Que objetivos ainda tem por cumprir?

Um dos grandes objetivos, sem dúvida, é continuar a cimentar o meu nome no futebol espanhol e europeu. Gostava de continuar pela Europa durante mais uns bons anos. Se assim for, estarei mais próximo de cumprir outro dos meus sonhos, ou o refazer de um sonho, que é voltar à seleção e ser uma opção viável para o novo selecionador. Claro que, para isso, tenho de estar ao melhor nível no clube e é para isso que estou a trabalhar e, se Deus quiser, conseguirei esse meu objetivo.

Era uma das opções habituais de Fernando Santos, mas ainda não foi chamado por Roberto Martinez. Já teve alguma oportunidade para falar com ele?

Não, nunca tive oportunidade, mas acho que acaba por ser normal. Ele acabou por falar com os que estiveram no Mundial de 2022, o que me parece legítimo, e é essa a base que agora tem composto as convocatórias. Estou aqui para trabalhar e ser mais uma opção.

Umas das críticas que têm apontado a Roberto Martinez é que as convocatórias parecem algo fechadas, com poucas alterações. Isto desmotiva um jogador que tem como objetivo regressar à seleção?

Não. Acho que motivação tem de partir de cada um. Somos profissionais e essa motivação tem de estar sempre presente. Se o mister Martinez achar que deve haver alguma mudança na convocatória todos os novos convocados ficarão muito contentes em estar presentes num grupo com muita qualidade e no qual não é fácil entrar”

A verdade é que a seleção tem tido muito sucesso com Roberto Martinez, já conseguiu o melhor apuramento de sempre. Para quem vê de fora, estes resultados alimentam a esperança de conseguir uma conquista no Campeonato da Europa de 2024?

Claro. Com resultados e uma qualificação tão convincentes, todos os portugueses têm esperança de que Portugal possa repetir o feito de 2016. Sabemos que é um objetivo muito difícil, mas, se já o fizemos uma vez, porque não sonhar e ter essa ambição?

No período em que esteve de forma consistente entre os convocados da seleção partilhou vários estágios com Pepe. Retirou alguma aprendizagem desses momentos?

Era impossível não aprender algo com o Pepe. Tem muitas coisas para ensinar, é uma pessoa muito acessível e dá sempre conselhos muito interessantes, visto que jogo na mesma posição que ele. Sempre teve essa abertura.

Não há muito a dizer sobre o Pepe enquanto jogador. É um excelente central, que transmite muita segurança à equipa e, tenha 35, 40 ou 45 anos, é uma mais-valia para qualquer equipa ou seleção.

Quanto ao futebol português. Tem acompanhado o campeonato?

Sim, este ano mais. Tenho visto a maioria dos jogos do Sporting, que é a minha equipa em Portugal, onde me formei. Tenho visto e tenho gostado bastante.

Sabemos da exigência do Rúben Amorim, conseguiram este ano fazer boas contratações e têm uma equipa com ótima qualidade. Se Deus quiser, vão conseguir ser campeões novamente.

Terminou a ligação ao Sporting em 2019 sem se estrear na equipa principal. Saiu magoado?

Claro que, quando era miúdo, tinha o objetivo de me estrear e, pelo menos, fazer uma época pelo clube do meu coração. Claro que não gostei de sair e de não ter uma oportunidade. Mas, se calhar, não estava preparado para isso e tive de seguir o meu caminho.

Felizmente as coisas correram pela melhor maneira e estão a correr bem. Estou numa das melhores ligas do mundo e digamos que estou orgulhoso do meu percurso, sem estar ainda saciado. Quem sabe um dia não regresse ao Sporting e concretize esse meu sonho de criança.

Rúben Amorim é um treinador com quem gostaria de trabalhar?

Sim. Sabemos que tem muita qualidade como treinador, dá muita liberdade aos jogadores, consegue extrair o melhor de cada um e isso é importante para a evolução e para a confiança de um jogador.

Já surgiu a possibilidade de voltar ao futebol português?

Falou-se nisso no mercado passado, mas foi uma coisa que não passou disso. Aqui no clube também queriam contar comigo, eu acabei por decidir ficar e acho que foi uma boa decisão.

No futuro talvez possa regressar, até tenho esse objetivo, era algo que gostava bastante, voltar a Portugal para jogar a um bom nível.

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