Os bispos portugueses congratulam-se com a apresentação pública da Comissão Independente para o Estudo de Abusos Sexuais na Igreja Católica Portuguesa e voltam a apelar à importância da vacinação como forma de combater a pandemia.
Missas da Noite de Natal já devem seguir as orientações da Direção Geral da Saúde para os Locais de Culto e Religiosos. Em declarações à Renascença, o porta-voz da CEP diz que é um "apelo ao bom senso" numa altura em que o número de casos Covid-19 está a aumentar e o Governo anunciou novas restrições.
Cardeal D. António Marto exorta à solidariedade e partilha com todos. "O Natal não pode ser reduzido a uma festa social", escreve na sua mensagem de Natal, uma época que vê como "ocasião para redescobrir a esperança".
O bispo de Setúbal, D. José Ornelas, está preocupado com a gestão das verbas do PPR: “Espero que a 'bazuca' não fique pelo caminho, nas mãos e nos bolsos de alguém”. Em entrevista à Renascença, o bispo diz ainda esperar que a pandemia “nos tenha ensinado também a viver de um modo mais simples e mais solidário” e não esconde receio face ao perigo de o confinamento ter “criado raízes”. A saúde mental é para D. José Ornelas outra preocupação no pós-pandemia.
A pandemia e as suas lições - a visão da Igreja portuguesa
D. António Luciano Costa espera que a chamada "bazuca europeia" olhe para "o interior tão despovoado”. Em entrevista à Renascença, o prelado diz que “o Interior não pode ser bom apenas para se vir cá, porque tem boas águas, bom vinho, ou outros produtos” e conta que a sua experiência profissional de enfermeiro o tem ajudado nestes tempos de crise sanitária.
A pandemia e as suas lições - a visão da Igreja portuguesa
D. Virgílio Antunes defende melhorias na qualidade da relação entre o Estado e as instituições particulares de solidariedade social (IPSS) e sugere que “os poderes públicos têm de olhar para as instituições como um parceiro e nunca como um concorrente”. Em entrevista à Renascença, o bispo de Coimbra encontra na solidariedade e na humildade duas das grandes lições a retirar da pandemia e destaca a solidão como um dos fatores mais duros da crise sanitária.
A pandemia e as suas lições - a visão da Igreja portuguesa
D. Antonino Dias diz à Renascença que “os incentivos à fixação” de pessoas no Alentejo são insuficientes. Queixa-se de que "os apoios de mais alto não chegam", mas faz questão de salvaguardar a ação dos autarcas, que "batem o pé e chamam a atenção para a necessidade de investimentos”. Em 13 anos na diocese, o bispo diz que "ordenou três sacerdotes" e que já foi “ao funeral de mais de 40”.
A pandemia e as suas lições - a visão da Igreja portuguesa
D. António Augusto Azevedo lembra que um país que se organize apenas à volta de dois ou três polos, é desequilibrado, injusto e empobrecido. Em entrevista à Renascença fala das dificuldades provocadas pelo despovoamento do Interior e diz que a pandemia reforçou a necessidade de uma reflexão sobre que país virá a seguir.