"Já expressei a minha solidariedade para com os princípios invocados no abaixo-assinado", afirmou Carlos Cortes. Antes do mais, está em causa "uma questão ética e de deontologia médica".
"Nós, médicos, temos esta obrigação, que é tratar as pessoas que necessitam de cuidados de saúde", referiu. Já "enquanto cidadão", Carlos Cortes coloca "um grande ponto de interrogação" sobre o que se passa no país.
Ordem quer perceber as causas da decisão dos médicos e pretende ainda preparar um plano que será entregue ao Governo para "evitar que tantas vagas fiquem por preencher".
Depois de a ter chumbado numa primeira votação no final de 2022, a Assembleia de Representantes da OM aprovou esta segunda-feira a criação da especialidade de Medicina de Urgência e Emergência, um processo que foi reaberto por um grupo de trabalho nomeado em março deste ano pelo bastonário.
Carlos Cortes reage ao anúncio de duas novas escolas de medicina feito por Luís Montenegro. O bastonário insiste que o problema do SNS não é falta de médicos. E lembra que a abertura de um curso na Covilhã não resolveu o problema do SNS naquela região do Interior.
Ana Paula Martins recusou ainda comentar a situação no INEM. Já o bastonário da Ordem dos Médicos teme que a greve geral da FNAM provoque ainda mais constrangimentos nos hospitais.
Carlos Cortes deixou um "elogio muito forte" aos profissionais da ULS Viseu Dão-Lafões que, "apesar destas dificuldades, têm aguentado talvez como muitos outros hospitais não aguentam no país".