Não é este aumento que vai resolver o problema da falta de médicos no SNS, mas sim "investir" na "capacidade de atração", afirma o bastonário da Ordem dos Médicos.
Antigo bastonário da Ordem dos Médicos, recém-eleito deputado pela AD, admite que, para uma eventual revogação da lei, "basta que seja agendado por algum dos partidos políticos”. Federação Portuguesa pela Vida diz não ver outra possibilidade: "Esta lei só está viva por obstinação legislativa."
Projeções do Ministério da Saúde apontam para que a falta de médicos de família comece a atenuar-se já no próximo ano e que, a partir de 2026, haja excesso destes profissionais.
Para saber "se tem ou não de intervir nesta matéria", a Ordem dos Médicos precisa de conhecer "os factos: se e houve efetivamente ou não baixa médica e, havendo baixa médica, qual foi o enquadramento dessas baixas".
Segundo o bastonário Carlos Cortes, no processo aberto pela Ordem dos médicos "estão a ser investigados os contornos técnico-científicos" do caso das gémeas, sem "intromissão noutro poder de soberania".
Esta posição foi transmitida por Augusto Santos Silva no final da cerimónia de entrega do Prémio Norte-Sul do Conselho da Europa 2023, que decorreu na Sala do Senado e que foi encerrada pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.