04 jun, 2021 • Vasco Gandra
Os Estados-membros vão continuar a ter margem para apoiar as economias face ao impacto da pandemia. Ainda assim, a Comissão alerta os países altamente endividados como Portugal.
Questionado sobre o assunto, o vice-presidente Valdis Dombrovskis diz que os estímulos à economia devem continuar, mas pede prudência: “Nós pedimos que - ao mesmo tempo que se estimula a economia e se financia a recuperação económica -, também se garanta uma certa prudência mantendo em vista a sustentabilidade orçamental a médio prazo. Portanto, o que recomendamos para Portugal está em linha com o que recomendamos para os outros países muito endividados”.
Bruxelas pede aos Estados-membros para não retirarem prematuramente os apoios à economia. Para a recuperação económica, os 27 dispõem igualmente dos planos nacionais financiados com a chamada bazuca de ajudas para fazer investimentos e reformas.
O comissário da Economia Paolo Gentiloni mostra-se bastante confiante no impacto do plano português de recuperação. “Os desafios para relançar a economia também estão ligados a algumas dificuldades específicas, como o turismo internacional, por exemplo. Esta é uma das razões pelas quais nós temos uma projecção de crescimento mais forte para 2022 do que para 2021. Será gradual, mas nós estamos bastante confiantes que o Plano de Recuperação e Resiliência dará um forte contributo”.
Em parte graças ao turismo internacional, a Comissão projecta um crescimento económico para Portugal maior no próximo ano. De resto, Bruxelas também publicou a sua análise aos desequilíbrios macroeconómicos. Nove Estados-membros entre os quais Portugal continuam no grupo dos que têm desequilíbrios macroeconómicos sob vigilância.