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“O parque infantil é muito mais seguro do que um tablet”

João Duque

“O parque infantil é muito mais seguro do que um tablet”

07 mai, 2024 • Sérgio Costa , Olímpia Mairos


João Duque analisa o uso excessivo e não controlado da internet pelos mais novos.

O parque infantil, quando o miúdo lá entra lá, é muito mais seguro, hoje em dia, do que um miúdo à frente de um tablet”, diz João Duque no comentário à notícia da Renascença que dá conta que o uso excessivo e não controlado da internet, especialmente nas idades mais jovens, “pode conduzir a uma escalada comportamental em diferentes tipos de crimes”.

Na visão do comentador, estamos a correr um sério risco” de estarmos a criar jovens extremistas e “isso é preocupante”.

“Há características, que já se conhecem, e que estão associadas ao uso excessivo da net e até da própria forma como aprendemos através da net”, diz.

No seu espaço de comentário na Renascença, Duque lembra que “está comprovado que a absorção e a aprendizagem feita através de dispositivos eletrónicos, quando comparada com a absorção, leitura e a retenção de informação feita através do tradicional papel, é diferenciado”.

Na visão do comentador “estamos a criar um problema de, por um lado, a capacidade de retenção, mas também de concentração e de disponibilidade e da sensação que temos que como não é preciso memorizar nada, temos tudo disponível e, portanto, segmentamos muito o período de atenção e memorizamos pouco”.

“Para além disso, temos toda a exposição e os desafios que são colocados aos jovens, os jogos perigosíssimos que fazem às vezes correr riscos de vida dos próprios que entram no jogo”, adverte.

João Duque defende, por isso, que é preciso “fazer alguma coisa” e sugere que os adultos façam algo que “seja diferenciador, isto é, não usarmos os dispositivos durante alguns períodos prolongados, particularmente na presença deles, ou obrigá-los, obrigar mesmo, a que passem algum tempo sem o dispositivo”.

Mas, o problema - alerta - “é que os pais também estão viciados” porque “estes dispositivos são viciantes”.

“Nós ficamos agarrados a eles e dentro dos dispositivos ainda as aplicações e, portanto, nós temos que fazer um esforço enorme e criar estímulos muito fortes para ver se mudamos o percurso dos acontecimentos”, defende.

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