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“Distinção entre política e futebol é absolutamente necessária” - Henrique Monteiro

Henrique Monteiro

“Distinção entre política e futebol é absolutamente necessária”

09 jul, 2021 • Marta Grosso


Henrique Monteiro comenta a reação de Fernando Medina à detenção de Luís Filipe Vieira, de cuja comissão de honra fez parte. O presidente da Câmara de Lisboa diz, se soubesse de qualquer ilegalidade na altura, “as coisas teriam sido diferentes”.

“Na altura em que houve a comissão de honra – que foi em setembro do ano passado, não foi no século XVIII – já o chamado rei dos frangos, dono da Valouro, tinha feito aquela manobra que ninguém percebeu muito bem que era comprar umas ações e depois o Benfica compra as próprias ações e ele ganhava não sei quantos milhões”, recorda o comentador d’As Três da Manhã.

Henrique Monteiro resume em três pontos o comentário à reação de Medina:

  • as pessoas da política, eleitas pelo povo, não se devem meter em clubes de futebol. Essa distinção entre a política e o futebol é absolutamente necessária, pelo que isto estava logo mal à partida, mesmo que Luís Filipe Vieira fosse um santo.
  • Luís Filipe Vieira estava envolvido em vários casos, ainda ele estava no Alverca
  • Porque diz Medina que se soubesse o sabe hoje? Ainda nem houve acusação, só há suspeitas sobre Luís Filipe Vieira. Medina faz uma coisa que nunca o PS fez para Sócrates, que é dá-lo por culpado antes de ter havido julgamento ou acusação.

Henrique Monteiro distingue, a propósito, a vertente jurídica dos processos – em que qualquer pessoa é inocente até ao trânsito em julgado – e a condenação social, onde Berardo, Sócrates e Ricardo Salgado já estão a ser julgados.

“O que a mim me faz confusão é que determinadas pessoas com responsabilidade utilizem a questão da inocência até prova em contrário para uns e não utilizem para outros. Pelo menos, a comunicação social tem esta vantagem: é que trata todos por igual”, remata.

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