29 jul, 2024
O primeiro ministro de Israel, Netanyahu, esteve de visita aos Estados Unidos. Mais uma vez, discursou no parlamento americano, onde foi acolhido com aplausos pelos deputados republicanos; cerca de cem deputados democráticos alhearam-se desta sessão.
Os EUA são aliados de Israel, mas não têm conseguido moderar os ímpetos bélicos das forças armadas israelitas, que já terão feito perto de 40 mil mortos na faixa de Gaza. No combate contra o Hamas, Israel não tem salvaguardado as vidas dos civis naquela zona, apesar das tentativas de Washington.
Netanyahu foi alvo, nos EUA, de manifestações e protestos por causa da tragédia em Gaza. O primeiro ministro israelita tentou convencer os americanos de que o seu combate é contra o Irão, que apoia o Hamas e os grupos que atacam alvos em Israel. E que estes inimigos de Israel são também inimigos dos EUA.
Netanyahu classificou este seu combate de “um confronto entre a barbárie e a civilização”, esquecendo que a atuação das forças armadas israelitas em Gaza se aproxima mais da barbárie do que da civilização.
Quanto aos manifestantes Netanyahu chamou-lhes “idiotas úteis” ao serviço do Irão. Não percebe, ou finge não perceber, que a brutalidade das forças israelitas em Gaza põe em causa a democracia no mundo.
A impopularidade de Netanyahu em Israel atingiu um alto nível. Mas Netanyahu não se demite. A sua atitude prejudica o governo americano e prejudica sobretudo Israel.
Francisco