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Todas as semanas, um convidado especial fala sobre os grandes temas da Europa e do mundo no programa "Decidir Europa", com edição do jornalista José Bastos.
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Decidir Europa - António Comprido e o petróleo - 19/03/2021

Decidir Europa

António Comprido e o petróleo

20 mar, 2021 • José Bastos


Gestor olha para a reinvenção das petrolíferas na transição climática e no pós-pandemia.

Com aviões no solo, carros estacionados nas garagens e ruas, fábricas fechadas, escritórios às escuras, entre outros fatores, a indústria petrolífera sentiu de forma expressiva o impacto da pandemia.

Um ano e algumas vagas de infeções depois, à medida a que o tempo avança o desafio imediato do setor é preparar a retoma económica depois de ter enfrentado um cenário nunca visto com baixa de produção, queda acentuada na procura e a necessidade de proteger receitas e postos de trabalho.

Os planos de contingência tradicionais previam manter a eficácia na produção depois de eventos inesperados como desastres naturais, ataques cibernéticos ou interrupções do fornecimento de energia elétrica ou outras alíneas. O que os manuais não explicitaram era o percurso a seguir em quarentenas prolongadas, encerramento de escolas, fechos de fronteiras e restrições adicionais de voos numa emergência sanitária como a Covid-19.

Olhando para o futuro este universo de preços deprimidos do petróleo, diminuição de receitas e quedas na produção continuará a colocar importantes desafios para o mundo do petróleo e gás e mesmo num cenário de reequilíbrio do mercado no pós Covid-19, a indústria poderá necessitar de um período de recuperação prolongado de mais de três anos.

Sempre que o setor se vê assediado por acontecimentos externos o como e o quando se regressa à normalidade depende de variáveis de evolução rápida, desde a geopolítica a inesperados recursos ao ‘lockdown’ em muitos países europeus.

A reflexão sobre estas questões, não perdendo de vista o futuro do petróleo em tempos de alterações climáticas e com a descarbonização da economia na Europa - prevista num horizonte de 2050 - é do engenheiro António Patrício Comprido, secretário-geral da APETRO – Associação Portuguesa de Empresas Petrolíferas.

Gestor ligado ao setor há décadas – presidente da BP portuguesa e decisivo na associação BP / Mobil -, António Comprido foi cientista do Laboratório de Física e Energia Nuclear e assinou estudos pioneiros no sistema de arrefecimento do reator nuclear português de investigação.

Este conteúdo é feito no âmbito da parceria Renascença/Euranet Plus – Rede Europeia de Rádios. Veja todos os conteúdos Renascença/Euranet Plus

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