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Sabe o que é o Vírus Sincicial Respiratório?


Em janeiro falamos sobre o Vírus Sincicial Respiratório (VSR) na Renascença. É um vírus muito contagioso que aparece sobretudo durante o outono e inverno em climas temperados. Embora os sintomas sejam semelhantes aos de uma constipação comum, o VSR pode ter um enorme impacto em crianças pequenas e em adultos mais velhos e com fatores de risco. Este é um vírus que nos pode infetar várias vezes ao longo da vida, uma vez que a nossa imunidade natural a este vírus tem uma duração reduzida. Conheça os sintomas e os sinais de alerta, o impacto da doença, os grupos de maior risco e as formas de proteção. Esta é uma iniciativa com apoio da GSK.

Terminado o Verão, as temperaturas começam a descer e os cuidados a ter com a saúde, principalmente no que diz respeito a doenças sazonais, devem passar a ser redobrados.

As infeções respiratórias agudas constituem as formas de doença aguda mais frequentes ao longo das nossas vidas. Apesar de a sua maioria ser autolimitada, algumas infeções podem ter uma evolução mais grave, com necessidade de cuidados diferenciados, conduzindo a sequelas ou mesmo à morte1.

Depois da pandemia, a tripla epidemia. Conheça o impacto destes 3 vírus nas nossas vidas:

Chamou-se tripla epidemia ao aumento simultâneo de casos de COVID-19, Gripe e Vírus Sincicial Respiratório que teve um impacto inesperado e importante na Europa em 2022.2

O impacto multidimensional destes vírus na nossa sociedade mostrou-se relevante a vários níveis:

Impacto na saúde: Em termos de hospitalizações e mortes, estes vírus, que causaram pressão nas urgências dos nossos hospitais3, têm um impacto significativo, estando os idosos e as pessoas com comorbilidades particularmente expostos ao risco de consequências mais graves.4

Impacto social: estes vírus podem aumentar o fosso entre a saúde e a equidade financeira, uma vez que afetam desproporcionadamente os adultos mais velhos dos grupos socioeconómicos mais baixos, resultando numa diminuição da qualidade de vida e deterioração do bem-estar e da saúde mental, bem como em graves dificuldades financeiras para os doentes e os prestadores de cuidados.5

Impacto económico: a falta de saúde está associada à reforma antecipada, à redução do rendimento fiscal, ao aumento das despesas com prestações sociais e à perda de produtividade, não só para os doentes mas também para os seus prestadores de cuidados.6

Mas o que é afinal o Vírus Sincicial Respiratório?

É um vírus sazonal, altamente contagioso, que circula sobretudo durante o outono e inverno em climas temperados7. Embora os sintomas sejam parecidos com os de uma constipação comum e afete pessoas de todas as idades, pode ter um enorme impacto em crianças pequenas e em adultos com fatores de risco8. A nossa imunidade natural a este vírus tem uma duração reduzida, sendo que este pode infetar-nos várias vezes ao longo da vida.8, 9

Quais são os sintomas e como se transmite?

Os sintomas são semelhantes aos de uma constipação comum: febre, tosse, dor de garganta, corrimento nasal, congestão, dor de cabeça, cansaço, espirros… Também podem ocorrer sibilância aumentada, taquipneia/dificuldade em respirar e cianose (coloração azulada da pele decorrente de oxigenação insuficiente do sangue).10, 11

Transmite-se como a maioria das infeções respiratórias: através da tosse, dos espirros, pelo nariz, pelos olhos ou pela boca. Sendo um vírus muito contagioso, pode sobreviver várias horas nas mãos ou em objetos contaminados.12, 13, 14

Por norma, as pessoas infetadas são contagiosas durante 3–8 dias12, embora adultos com idade mais avançada ou com um sistema imunitário enfraquecido possam excretar o vírus durante um período mais longo de tempo.15

Quais são os grupos mais vulneráveis?

Pelo seu caráter extremamente contagioso, o Vírus Sincicial Respiratório pode provocar doença respiratória em pessoas de todas as idades, sendo os mais vulneráveis os recém-nascidos e os bebés com menos de 6 meses, as crianças e os adultos com doenças crónicas e todas as pessoas com mais de 65 anos.16

Por exemplo, a maioria das crianças até aos 2 anos tem uma infeção pelo VSR, sendo a causa mais frequente de infeção aguda das vias respiratórias inferiores em bebés.8, 9

Conheça as complicações possíveis:

A infeção pelo Vírus Sincicial Respiratório está associada ao desenvolvimento de bronquiolite, traqueobronquite (inflamação na traqueia e nos brônquios) ou pneumonia viral. Pode ainda ser uma causa importante de exacerbações de condições médicas crónicas como a doença pulmonar obstrutiva crónica (DPOC), a asma ou a insuficiência cardíaca crónica.17, 18, 19

Estima-se que em 2019, na Europa, o Vírus Sincicial Respiratório tenha sido responsável por mais de 3 milhões de casos de insuficiência respiratória aguda, cerca de 274 mil hospitalizações e cerca de 20 mil mortes em contexto hospitalar.20

Apesar de poder afetar pessoas de todas as idades, em adultos com idade igual ou superior a 60 anos e em adultos que vivem com determinadas condições subjacentes, este vírus pode causar infeções graves e impactar a longo prazo o seu estado funcional e a sua qualidade de vida. Estes desafios ao nível da função física ou emocional podem afetar os relacionamentos, as atividades sociais, a produtividade e até a capacidade de dormir.19, 20, 22

Como tratar?

Atualmente, não está disponível qualquer tratamento específico para o Vírus Sincicial Respiratório em adultos8. O padrão de tratamento para a infeção aguda é a prestação de cuidados de suporte e manutenção da hidratação.8, 23, 24

Como prevenir?

O risco de transmissão do Vírus Sincicial Respiratório pode ser reduzido através de algumas medidas preventivas. O contacto físico direto com uma pessoa infetada é a forma mais importante de transmissão.

Pessoas com sintomas semelhantes a um resfriado comum não devem interagir com pessoas em grupos de alto risco.

O que pode fazer:

  • Cobrir a boca e o nariz com um lenço ou o braço e não com as mãos quando espirra ou tosse;
  • Lavar as mãos frequentemente com água e sabão durante, pelo menos, 20 segundos;
  • Limpar as superfícies tocadas frequentemente, tais como puxadores ou telemóveis;
  • Evitar o contacto próximo com pessoas doentes;

Existem também vacinas indicadas para a prevenção da doença causada pelo Vírus Sincicial Respiratório.

Para mais informações sobre o vírus e o que fazer, consulte o seu médico.

Esta é uma iniciativa com o apoio da GSK.

Referências:

1. https://www.chln.min-saude.pt/wp-content/uploads/2023/01/i029916.pdf

2. https://cnnportugal.iol.pt/geral/29-11-2022/covid-gripe-e-vsr-uma-epidemia-tripla-que-ja-esta-a-entupir-os-hospitais

3. https://rr.sapo.pt/noticia/pais/2022/10/27/infecoes-respiratorias-fazem-disparar-idas-as-urgencias/305477/

4. Centers for Disease Control and Prevention (CDC), 2023. RSV in older adults and adults with chronic medical conditions. https://www.cdc.gov/rsv/high-risk/older-adults.html

5. Barnett K, Mercer SW, Norbury M, Watt G, Wyke S and Guthrie B (2012). Research paper. Epidemiology of multi-morbidity and implications for health care, research and medical education: a cross-sectional study The Lancet online

6. Zhang, S., Wahi-Singh, P., Wahi-Singh, B., Chisholm, A., Keeling, P., Nair, H., and RESCEU Investigators, 2022. Costs of management of acute respiratory infections in older adults: A systematic review and meta-analysis. Journal of Global Health, 12, p.04096. 10.7189/jogh.12.04096

7. Walsh EE. Clin Chest Med 2017;38:29–36

8. Nair H et al. Lancet 2010;375:1545–1555

9. Centers for Disease Control and Prevention (CDC), 2022. Respiratory syncytial virus infection (RSV): symptoms and care. http://www.cdc.gov/rsv/about/symptoms.html

10. Kodama F et al. Infect Dis Clin North Am 2017;31:767–790

11. Serviço Nacional de Saúde (SNS24). Doenças infeciosas. Vírus sincicial respiratório. https://www.sns24.gov.pt/tema/doencas-infecciosas/virus-sincicial-respiratorio/#

12. Griffiths C et al. Clin Microbiol Rev 2016;30:277–319

13. Heikkinen T et al. Open Forum Infect Dis 2015;2:ofu118

14. Kulkarni H et al. Am J Respir Crit Care Med 2016;194:308–316

15. Centers for Disease Control and Prevention (CDC), 2022. RSV transmission. www.cdc.gov/rsv/about/transmission.html

16. Openshaw PJM et al. Annu Rev Immunol 2017;35:501–532

17. Serviço Nacional de Saúde (SNS24). Doenças infeciosas. Vírus sincicial respiratório. https://www.sns24.gov.pt/tema/doencas-infecciosas/virus-sincicial-respiratorio/#

18. Falsey AR et al. N Engl J Med 2005;352:1749–1759

19. Centers for Disease Control and Prevention (CDC), 2022. RSV in older adults and adults with chronic medical conditions. https://www.cdc.gov/rsv/high-risk/older-adults.html

20. Tseng HF, Sy LS, Ackerson B, et al. Severe morbidity and short- and mid- to long-term mortality in older adults hospitalized with respiratory syncytial virus infection. J Infect Dis. 2020;222(8):1298-1310. doi:10.1093/infdis/jiaa361

21. Branche AR et al. Clin Infect Dis 2022;74(6):1004-1011

22. Curran D et al. Influenza Other Respir Viruses 2022;16:462–473

23. Nam HH and Ison MG. BMJ 2019;366:l5021

24. Smith DK et al. Am Fam Physician 2017;95:94–99


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