O movimento "Diz a Verdade!" apresentou candidatos às eleições presidenciais de 2010 e 2016, ambas ganhas por Lukashenko, no poder desde 1994 e que vai agora no sexto mandato consecutivo.
O Comité Olímpico Internacional expulsou dois treinadores da equipa da Bielorrússia dos Jogos de Tóquio pelo seu papel na tentativa de repatriação forçada da velocista Krystsina Tsimanouskaya. A atleta aterrou em Varsóvia na quarta-feira, depois de a Polónia lhe ter concedido asilo humanitário. A velocista pediu ajuda à polícia japonesa, no aeroporto, em Tóquio. Numa entrevista exclusiva à agência Reuters, Tsimanouskaya conta, nas suas palavras, o que lhe aconteceu. “Eles acham que temos medo de dar um passo, que temos medo de falar, medo de dizer a verdade a todo o mundo. Mas eu não tenho medo”, declarou.
"Com esta série de buscas e detenções, as autoridades transformaram a vida dos jornalistas independentes da Bielorrússia num inferno", afirmou um dos responsáveis da Associação de Jornalistas da Bielorrússia.
Família do ativista acredita que terá sido coagido a fazer as declarações. A Bielorrússia anunciou ainda medidas de retaliação contra os EUA, após a entrada em vigor de novas sanções americanas contra Minsk.
No sábado, o controverso chefe de Estado surpreendeu, ao reunir-se com vários opositores presos, com quem falou na prisão dos serviços especiais (KGB) a fim de discutir as alterações constitucionais que está a planear, segundo a presidência bielorrussa.
Jornalistas de meios de comunicação estrangeiros na Bielorrússia devem voltar a pedir autorização para trabalhar no país. Desde o início da campanha para as presidenciais de agosto, 207 jornalistas já foram detidos no país.
Objetivo da UE é que “as pessoas da Bielorrússia tenham direito de decidir o seu futuro”. Acordo estava bloqueado por Chipre, que queria iguais medidas contra a Turquia.
Londres diz que sanções, impostas em conjunto com o Canadá, visam condenar violações dos direitos humanos de figuras da oposição, jornalistas e outros cidadãos da Bielorrússia na sequência das eleições presidenciais de agosto.
Confrontado com um inédito movimento popular de contestação pós-eleitoral desde 9 de agosto, Alexander Lukashenko prestou juramento hoje em segredo para um sexto mandato como Presidente da Bielorrússia.